Marito , o verdadeiro "Diabo Loiro"

Fala minha galera de Aço tudo bem? . Pois é estou aqui mais uma vez e com mais uma novidade para a nossa querida coluna Odisseia Tricolor, e dessa vez faço uma homenagem muito justa sobre um jogador que com seu time sacudiu o país com um jeito diferente de jogar futebol, tão diferente que venceu o Santos de Pelé na Vila Belmiro e depois no Maracanã. Amigos,  eu estou falando de Mário da Nova Bahia ou simplesmente Marito .

Até no nome esse cidadão tem o nome do Bahia, parece acaso do destino para fazer com que justamente no tricolor de aço , ele fizesse história e  conquistava a torcida que cada vez mais se tornava apaixonada e fiel ao clube. Marito nasceu no dia 16 de maio de 1932 no bairro da Ribeira em Salvador, e foi um dos principais responsáveis pelo primeiro título brasileiro do Bahia, a Taça Brasil de 1959.

Marito enfrentou uma forte resistência de seus familiares para começar a carreira de jogador de futebol,sendo inclusive obrigado a ter que abandonar o São Cristóvão , seu primeiro clube onde defendeu em 1948, após receber uma surra de seu pai, que não considerava uma profissão digna de família respeitável.

Mesmo com todas esses obstáculos, o baixinho de 1,64 cm não desistiu de seguir na profissão e defendeu o Ypiranga de 1951 a 1952,  sendo campeão baiano em 1951. Em 1953 já defendia o Esporte Clube Bahia , clube onde pelo qual realizou 261 jogos com 60 gols marcados. Apesar da sua baixa estatura, Marito realizava dribles desconcertantes , arrancadas espetaculares, gols e raça que levavam os torcedores do Bahia a loucura, recebendo o apelido de "Diabo Loiro" . No Bahia conquistou sete títulos baianos, 1954, 1956, 1958, 1959, 1960, 1961 e 1962 e a Taça Brasil no ano de 1959.

Muitos consideram Marito como o melhor ponta-direita que o tricolor já teve , sendo inclusive comparado a outro gênio das quatros linhas que foi o Mané Garrincha, principalmente na campanha da Taça Brasil de 1959, onde o jogador se ofuscou o brilho de Pelé na final. O atacante participou inclusive da primeira excursão que o tricolor fez para a Europa , em 1957 onde passou um fato inusitado , ao lado do jogador Joe, quando teve seu passaporte furtado pelo empresário Roberto Faligner , um dos responsáveis pela saída do Bahia para a Europa, mas que já estava desligado da delegação por não repassar o dinheiro para a diretoria tricolor, Osório Vilas Boas então presidente do clube teve que recorrer a embaixada da Noruega em Moscou para reaver a documentação dos atletas.

“Em Salvador, a explosão de alegria foi tanto ou mais ruidosa quanto a vocação do brasileiro, do baiano em especial, para improvisar um carnaval, o mais animado e entusiasta.

Amanheceram os tricolores entre os cânticos e o foguetório que marcou, na capital baiana, todo o regozijo do seu povo pela ousada façanha dos seus representantes.

No retorno da delegação, a vibração não foi menor, desde o aeroporto onde milhares de desportistas deram as boas vindas aos campeões, por todo o percurso, até o centro da cidade, com uma multidão incalculável que não apenas saudou, mas e sobretudo consagrou dirigentes e atletas, todos autênticos heróis.” (Trecho extraído do Livro  Bahia de Todos os Títulos de autoria de Carlos Casaes e Newton Calmon.)

Marito faleceu no dia 18/09/2011 aos 79 anos e com certeza já se tornou eterno no coração da Nação Tricolor .

Por : Lucas Cezar
twitter : @_cezar91

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